Argentina, 1985

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“Argentina, 1985” é o título de um filmaço que mostra e analisa o pior que a mente humana pode conceber. Mas, também, destaca o sentimento de esperança na justiça. – A esperança é sempre crônica! O filme trata do julgamento que mandou para a cadeia os principais comandantes da ditadura militar do período 1976-1983. Sabe-se que, nesse período infame, cerca de 30.000 pessoas morreram nos porões da repressão mais sanguinária da América Latina. Dirigido e interpretado pelo talentoso Ricardo Darín, o filme pode ser visto pelo Youtube. Candidato a melhor filme estrangeiro para o Oscar acabou perdendo para o alemão “Nada de Novo no Front”. – Uma porcaria de filme! O ponto alto do filme argentino está no depoimento dos familiares dos desaparecidos e de vítimas das torturas. Nele fica evidenciada toda a dimensão das barbáries praticadas. – É um filme de memória. Mas, o que é memória? – Memória é a linguagem dos sentimentos, um dicionário de rostos, dias, meses e cheiros que são repetidos como verbos e adjetivos! – O filósofo grego Aristóteles escreveu: “A memória é a escrita da alma”, 

O Brasil, a exemplo do país dos caros “hermanos”, também pode – e deve – rever o seu triste e cruel passado para ter a chance de fazer uma correta justiça de transição, mesmo que tão tardia. Não é possível ignorar os ataques à democracia que culminaram com o surpreendente e fatídico 8 de Janeiro de 2023! As minhas cansadas retinas não aguentam mais ver aquele tenente-coronel Mauro Cid, carregador de pasta do capitão Jair Bolsonaro! Ele vai ficar por pouco tempo escondido naquela prisão especial. Trata-se de um jovem oficial mal preparado, saído da AMAN – Academia Militar de Agulhas Negras, uma escola defasada; e que tem a pretensão de se equiparar a uma West-Point (americana) ou a uma Saint-Cyr (francesa). – Daí, a deseducação crônica! – É isso.

 

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.

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