Concebidas por Renée Descartes (1596-1650), As Regras do Espirito, de 1658, constituem conceitos básicos que nos ensinam a pensar; uma atividade em extinção! Passados tantos séculos, esses conceitos continuam vivos, oportunos, atuais. O meu trabalho neste artigo é o de apenas comentar cada um dos pontos-chave. – Vejamos! Primeiro: Utilizar a Energia Mental. Pensamos muito em como resolver problemas econômicos e financeiros. A Economia não é uma ciência exata; é uma ciência humana. Portanto, ela depende do comportamento das pessoas (sentimentos, emoções). O psiquiatra Jacques Lacan dizia que não há como não se responsabilizar pelo acaso ou pela surpresa. A pessoa, segundo ele, não é só o que escolhe, mas também o que lhe ocorre. É o seu acontecimento, portanto não podemos culpar os outros pelos nossos desacertos e desencontros. Segundo: Reexaminar a Vida e Objetivos. Devemos procurar desvincular nossa autoestima do poder de compra ou situação financeira. A pessoa não aumenta e nem diminui de valor conforme o salto da sua conta no banco. É preciso cuidar em ampliar o seu capital intelectual. Este ninguém consegue nos tirar! Peter Drucker, professor e consultor americano, dizia que o conhecimento é o único recurso econômico que faz sentido. Terceiro: Trocar Fontes de Satisfação. É preciso rever gastos e reduzir trocando satisfações materiais por satisfações mais profundas. É preciso olhar e contribuir para o bem-estar das pessoas. Quarto: Ser Solidário e Fazer a Energia Circular. Devemos sempre ajudar os outros na medida de nossas possibilidades. Só conseguimos ganhar se formos capazes de doar. Quinto: Ser Criativo e Inovador. Não precisamos trabalhar feito “burro de carga” para obter sucesso econômico e profissional. Precisamos saber recomeçar a cada dia, criando novos rumos, novas maneiras de atuar. Sexto: Ter Paciência e Saber Esperar. `Platão, autor de “As Leis” ensina que tudo na vida passa. Portanto, devemos procurar preservar o que é fundamental para cada um de nós, deixando que as dificuldades sofram a erosão natural do tempo, enquanto providenciamos as alternativas de solução para os problemas. – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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