De. Falar e de Ouvir

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Livros dizem muito a respeito de cada escritor. Lendo Julio Cortázar, notável escritor argentino, aprendi que livros bons ouvem; e os ruins só falam! Mário Quintana, poeta gaúcho, escreveu: “Livros não mudam o mundo; quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”, Todavia, escrever é um ofício um tanto quanto doloroso; e costuma fazer vítimas. A maioria dos escritores acaba fracassando: quando jovens, precisam lutar contra o desespero; na maturidade, contra o medo; e, com o avanço da idade, contra as evidências crescentes do declínio das forças. Não me lembro bem do dia e do ano, mas foi em Agosto – o mais cruel dos meses – que mandei publicar o meu segundo livro “As Quatro Faces do Tetraedro”. Apesar de ter merecido boas resenhas, uma delas do ambientalista Otonelson Eduardo Prado, o livro não foi muito bem sucedido nas vendas. Resolvi, então, fazer doações para faculdades e escolas técnicas. Para minha surpresa, recebi vários elogios. E de adolescentes. Um deles, aluno de uma escola Senai, escreveu no e-mail: “A  professora de Português sempre leva as suas crônicas para a sala de aula e eu e os meus colegas achamos que elas são da hora”. Aí, acabei achando mesmo que os meus escritos não são de falar, mas de ouvir! – É isso.

 

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.

Visite o Site: https//paulobotelhoadm.com.br

Notícias Recentes