Uma leitora me manda um E-mail sugerindo expandir o tema da Produção Limpa tratado em um artigo anterior. Segundo ela, o artigo poderia ter ficado mais claro se este escriba tivesse abordado a questão dos acidentes ambientais. Fico grato pela observação. Então, vamos lá! Desde os tempos da pré-história, o ser humano vem buscando alternativas para melhorar a sua qualidade de vida neste redondo planeta. Tem muita gente que acha que ele é plano!
Na busca desenfreada por vantagens, ele permaneceu por muito tempo alheio aos problemas que o progresso traz. Entre as décadas de 1980 e 1990, ocorreram vários acidentes ambientais que dizimaram muitas vidas e deixaram aprofundadas marcas na humanidade como, por exemplo, o caso do acidente de Bophal, na India, em 1984: um vazamento de gás venenoso da empresa americana Union Carbide mata quase 3.000 pessoas, além de ter deixado sequelas irreparáveis na população e nos ecossistemas locais. Outro lamentável exemplo: A menina Leida morre ao brincar com partículas brilhantes de Césio-137 no acidente de Goiânia, em 1987. Ela recebeu em poucas horas uma dose equivalente a 450.000 Milirems. O limite de segurança é de 500 Milirems por ano. Segundo os médicos legistas, o coração da menina assemelhava-se a um pedaço de carvão! Em 1987, a Comissão Mundial de Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas estabeleceu o Modelo de Desenvolvimento Sustentável. O que vem a ser isso? – É o Modelo de Desenvolvimento que busca atender às necessidades do presente sem comprometer o futuro das gerações. Para isso, em 1998, a ISO – International Standardization for Organization (leia-se Organização Internacional para Padronização) lançou as 5 (cinco) primeiras normas da Série ISO-14.000, consolidando a qualidade ambiental como um diferencial competitivo ao mundo dos negócios. Isso quer dizer: fazer o melhor pelas relações humanas; não obstante a ocorrência de tanto descaso! É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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