Sufrágio feminino completou 93 anos na segunda-feira (24/03).
Na noite de segunda-feira (24/02), durante a 4ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Guaxupé, a delegada da Mulher, Mireli Léa Mafra, fez uso da tribuna a convite do presidente da Casa, vereador Wilson Ruiz de Oliveira. Em sua fala, a delegada, que também é presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, abordou a histórica conquista do voto feminino no Brasil, enfatizando a luta das mulheres por direitos políticos e a relevância da participação feminina na política atual.
Mireli iniciou sua explanação relembrando que, em 24 de fevereiro de 1932, o Decreto 21.076, assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, concedeu às mulheres brasileiras o direito ao voto. No entanto, destacou que essa luta teve início muito antes, remontando à Revolução Francesa no século XVII, quando mulheres foram perseguidas e até executadas por reivindicarem sua capacidade de escolher seus representantes.
A delegada também mencionou figuras importantes da história brasileira que impulsionaram essa conquista, como a educadora Nísia Floresta, a sufragista Leolinda Daltro e a bióloga Bertha Lutz. Essas mulheres foram essenciais para disseminar ideias feministas e pressionar os governantes a reconhecerem a igualdade de direitos.
Durante sua fala, Mireli Léa Mafra pontuou que, apesar do avanço histórico, a democracia exige mais do que apenas o direito ao voto. “Sabemos que só o direito ao voto não é sinônimo de democracia. É necessária uma igualdade formal, com condições equitativas de acesso às eleições”, afirmou. Ela ressaltou os desafios que as mulheres ainda enfrentam para conquistar espaço na política, incluindo a falta de apoio partidário e a necessidade de tornar as candidaturas mais competitivas.
Outro dado relevante apresentado foi o avanço da representação feminina nos cargos eletivos. Em 2024, 17,9% das eleições resultaram em vitórias de mulheres em todo o Brasil, enquanto em Guaxupé essa média foi significativamente maior, chegando a quase 40% de eleitas.
Finalizando sua fala, a delegada afirmou que o momento é de celebração e reflexão sobre os próximos desafios. “O caminho ainda é longo, mas seguimos avante, buscando justiça, igualdade e solidariedade entre todos, especialmente no fortalecimento da democracia brasileira”, concluiu.
(fonte e fotos: ASCOM)
