Muito antenado com o que ocorre no Brasil, ele é aluno de uma Escola SENAI na modalidade Torno Mecânico. E Gabriel é o seu nome. Diz por E-mail ser leitor de meus artigos e crônicas; e faz diversas perguntas. Algumas delas interessantes para quem escreve e pretende ser lido. – Então, vejamos: Por quê você escreve? – Como você escreve? – Para quem você escreve?
Bem, vou tentar responder de maneira sintética. – É muito raro uma pessoa tão jovem ter interesse por respostas a estas perguntas. – Fico surpreso!
Escrever, a meu ver, é mais que associar palavras e ideias, mas buscar uma sintaxe que faça chegar aos leitores um entendimento com simplicidade, objetividade e, se possível, com alguma iluminação poética. Escrever não é para fazer dinheiro (às vezes, sim), ficar famoso, fazer amigos, pois escrever é algo meio mágico; é água da vida, como qualquer arte relativa. A escrita é para tentar enriquecer a vida dos leitores que procuram ler com atenção. Quando estou trabalhando em um texto, tento escrever todos os dias da semana, exceto no domingo. Ernest Hemingway dizia que escrever no domingo dá azar. E é verdade. Às vezes escrevo no domingo, mas acabo tendo azar assim mesmo!
Desde que perdi minha filha Isabel, vítima de doença incurável, em Dezembro de 20l9, perdi, também, a vontade de escrever. Todavia, como é preciso tocar a vida pra frente, venho voltando, aos poucos, a escrever. – A vida (de viver) fica do outro lado do sofrimento!
Só uma tragédia como a que vem ocorrendo na Bahia (enchentes) pode chamar a atenção dessa enorme parte de brasileiros que vive em constante histeria coletiva.
Devo concluir até Março um Conto com o título “Um Certo Multiplicador da Vida Sustentável”. Pelo tamanho, acho que não será possível publicá-lo em jornal. – Mas, vai estar disponível no Site https//paulobotelhoadm.com.br
Até lá, com os meus votos de um Feliz 2022!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor. E-mail: papbotelho5@gmail.com