Intervenção Militar Já!

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Sei que os meus caros leitores tomaram conhecimento dos trágicos fatos ocorridos no país semana passada. Bloqueios das estradas por caminhoneiros e arruaceiros, após a derrota de Bolsonaro nas urnas. Tais bloqueios impediram o direito constitucional de ir e vir das pessoas, além de comprometer o fluxo de abastecimento por meio do caos organizado. Sim, porque tais paralisações  tiveram – e têm – nomes e sobrenomes de mandantes, embora ocultos. Aqui no Sudeste, as rodovias Anhanguera, Castelo Branco, Bandeirantes e Fernão Dias foram as mais prejudicadas. Até o bucólico trecho que liga Águas da Prada a Poços de Caldas não escapou. E essa burrice siderúrgica: combinação de estupidez, ignorância e falta de consideração persiste; e vai continuar a persistir sob outras tantas formas de violência. É que Bolsonaro criou uma seita e agora não sabe como detê-la! Mais de 50% da população brasileira sabe quem é o presidente Bolsonaro; sabe, mas não se importa tanto é que foi agraciado com cerca de 58 milhões de votos. É muito voto! E é visível que os manifestantes pró-Bolsonaro são jovens entre os 30 e os 40 anos de idade; e não têm (ou não querem ter) conhecimento do que foi o período da Ditadura Militar (1964-1985). O país está à mercê dessa minoria exacerbada, escondida nas redes sociais, a por em prática comportamentos via gestos fascistas como os praticados no Estado de Santa Catarina. Pretendem criar e ampliar campos de operação (leia-se campos de concentração). Tais campos constituem fenômeno de estados totalitários; e são, também, a conclusão logística da vida contemporânea. Se as pessoas conscientes deste país se queixam que outras tantas são agredidas e mortas nas ruas pelo aumento da violência cotidiana, então a última consequência é o campo de concentração. É, portanto, o abandono organizado. 

Nelson Mandela, o líder contra a violência na África do Sul, escreveu: “Não insista demais na direção do abismo, porque você corre o risco de cair!” Eu tenho feito, por assim dizer, um investimento psíquico na continuidade da vida. Não posso – e não quero – escrever sob forma niilista. A palavra niilismo vem do Latim; e significa nada. Portanto, a tal Intervenção Militar Já! precisa ser substituída por Intervenção Psíquica Já!  – É isso.

 

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.

Visite o Site https//paulobotelhoadm.com.br 

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