Ele criou seus personagens molhando a pena no tinteiro, embora já existisse o simples e prático lápis. – Quanto trabalho! Se tivesse escrito em Inglês, ao invés de Português, estaria no mesmo nível de reconhecimento de James Joyce, Edgar Allan Poe, William Faulkner, Scott Fitzgerald ou Ernest Hemingway.
A meu ver, ele é o nosso melhor escritor: Machado de Assis.
Em alguns de seus romances ou contos, Machado considera ser normal o desequilíbrio das faculdades mentais; e que doentes são aquelas pessoas que têm um equilíbrio ininterrupto. Nada mais verdadeiro. Conheci várias; tanto homens como mulheres.
Algumas pessoas têm a maldade na cara, ao contrário de um cavalo de corridas que mostra logo a sua classe, o seu afeto. Descobri, faz tempo, o que pessoas desse jeito me fazem lembrar: quase todas de caráter patológico, exceto outras que eu poderia resumir com um palavrão.
Segundo o psiquiatra americano Paul Babiak, autor do livro “Snakes in Suits” (Cobras de Terno), 47% dos psicopatas estão dentro das empresas; qualquer empresa e de qualquer ramo de atividade. Eles não matam, mas usam seu cargo ou influência para atormentar, humilhar, assediar ou demitir; sem dó, sem compaixão. E chegam a cometer crimes. De acordo com a Consultoria Price Waterhouse Coopers, um terço das empresas sofre perdas significativas, a cada ano, por conta dos psicopatas corporativos. – E eles mandam. Manda quem pode; obedece quem tem prejuízo! – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
E-mail: papbotelho5@gmail.com Site: https//paulobotelhoadm.com.br