Região do Triângulo /Alto Paranaíba tem os piores índices, com maior mortalidade a cada 100 mil habitantes
Minas Gerais somou mais 158 mortes por Covid-19 nesta quarta-feira (28) e ultrapassou os 50 mil óbitos na pandemia – ao todo, já são 50.059. Em 31 dias, foram mais de 10 mil mortes. De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), também foram confirmados mais 6.071 casos da doença em 24 horas, chegando-se, assim, a 1.948.753. A maioria das pessoas que morreram em decorrência do coronavírus em Minas Gerais possuía 60 anos ou mais (35.274). Além disso, 67% dos mortos possuíam alguma comorbidade, sendo a cardiopatia a principal doença relacionada, seguida de diabetes.
O ritmo de crescimento de mortes em Minas Gerais se acelerou rapidamente entre março e maio deste ano no Estado mas, agora, vem mostrando queda.
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A título de comparação, Minas Gerais levou oito meses para alcançar as 10 primeiras mil mortes na pandemia (entre 19/03/2020 a 29/11/2020), mas apenas quatro meses para chegar aos 20 mil mortos e, posteriormente, 38 dias para 30 mil mortes e 40 dias para 40 mil mortes – e, agora, 61 dias para 50 mil mortes. A variação da média móvel de óbitos está, assim, em -15% em relação a duas semanas atrás, o que indica tendência de queda.
A média móvel, cujo pico foi atingido em 12 de abril deste ano (339,6), também vem dando sinais de estabilidade, conforme é possível observar abaixo. Está em 118 no momento.
Triângulo e Alto Paranaíba têm os piores índices
A região de Minas Gerais com maior mortalidade por Covid-19 é a do Triângulo/Alto Paranaíba, que reúne cidades como Uberaba e Uberlândia. A cada cem mil habitantes, foram 333,1 mortes, bem acima da média do Estado, cujo valor é 236,7 mortes para cada cem mil habitantes. O número absoluto registrado no Triângulo/Alto Paranaíba foi de 8.011 mortes.
Por outro lado, a região do Jequitinhonha, onde estão cidades como Almenara, apresentou a menor taxa de mortalidade: 116,7 a cada cem mil habitantes. O total absoluto foi de 846.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte detém o maior número de mortes,15.887, porém, a taxa de mortalidade está pouco abaixo da média do Estado, com 231,4.
(ALINE GONÇALVES E CRISTIANO MARTINS – O TEMPO)