O Confidente Fiel

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Minha neta Rebeca, de 16 anos, mesmo quando vem me visitar não larga o seu celular por nada. E só conversa comigo aquilo que considera o essencial. E fico a me perguntar: qual é o “mistério” do celular?  Sabe-se que o uso excessivo desse aparelho pode gerar transtornos psíquicos como ansiedade e depressão. E o transtorno já tem um nome: Nomofobia, que quer dizer medo de ficar sem o celular! Hipócrates, o grego sábio em saúde, dizia que a anatomia humana foi desenvolvida para manter-se em constante movimento. E, cá com os meus botões, fico a lembrar dos “mistérios” que a minha geração compartilhou com o caderno, confidente fiel. Mas, é o poeta Vinicius de Moraes que me faz rememorar algumas das inesquecíveis estrofes de seu poema “O Caderno”, a conferir: “Sou eu que vou ser seu colega, seus problemas ajudar a resolver; te acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver. O que está escrito em mim, comigo ficará guardado, se lhe dá prazer. Sou eu que vou ser seu amigo, se você quiser, quando surgirem seus primeiros raios de mulher; e a vida se abrirá num feroz carrossel, e você vai rasgar meu papel. Serei de você confidente fiel, se seu pranto molhar meu papel. Só peço a você um favor, se puder: não me esqueça em um canto qualquer!”

– É que a vida, minha neta, segue sempre em frente; o que se há de fazer!

Por Paulo Botelho

Visite o meu Site: https//paulobotelhoadm.com.br

Notícias Recentes