Difícil de entender e de explicar, mais complicado escrever. Pois mesmo assim, dá vontade de fazer alguma coisa sobre o tema em pauta. Escrever? Vamos lá com a ajuda de algumas preliminares sobre a figura do cotidiano. O que pensa, o que gostaria ou tem vontade fazer. Misterioso, peculiar e desafiador. É afligente ver aquela ‘pessoainha’ sentada ali, acolá, lá, onde estiver, em silêncio, com olhar fixo, perdido num lugar qualquer para qualquer lugar, constrangedor! Particularmente existem estudos que relacionam sociabilidade ao colocar como categoria central o conceito de cotidiano em lidar com a autenticidade da experiência cotidiana, que vemos por aí afora. A par da dimensão político-democrática educativo, de inclusão do indivíduo comum na realidade social: atenção coletiva das sociedades. Aproprio dos versos do cantor e compositor brasileiro Chico Buarque de Holanda da canção Cotidiano, outra tentativa de explicação: “Todavia eu só penso em poder parar/ Meio-dia eu só penso em dizer não/ Depois penso na vida para levar”. Entenderam tudo? Eu preveni no início que era difícil. Mas, é isso e et voilá! Se o cotidiano lhe parece pobre, não o acuse: acuse-se.
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: [email protected]