O que vem primeiro: o jardim ou o jardineiro? – É a pergunta de Bertold Brecht (1898-1956), dramaturgo alemão. E ele mesmo responde que havendo um jardineiro, cedo ou tarde, um jardim vai aparecer; mas, um jardim sem jardineiro, cedo ou tarde, vai desaparecer. E aí, acabei me lembrando do Projeto Pomar, implantado em meados de 2004, ao longo das margens do rio Pinheiros, em São Paulo; e que serve de exemplo para a melhoria do meio ambiente para outras cidades deste país. Dos 30 quilômetros de terra das margens do rio Pinheiros, cerca de 22 viraram jardim graças ao Projeto Pomar, desenvolvido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Ao longo das décadas de 2010 e 2020 estão aumentando a quantidade de capivaras e gambás. Chegam a mais de 400, apesar de serem caçados pelos predadores humanos! Mudas da flor Sempreviva estão, também, presentes por lá. E o que representa a Sempreviva? – Representa regeneração e resistência. Na vida humana representa superação e autoestima! Os canteiros na margem esquerda do Pinheiros – sentido Interlagos – foram colocados em linha reta para driblar torres de alta tensão, ventos e deslocamentos de ar causados por intenso tráfego de veículos. O problema continua sendo os pneus. Eles não chegam para dentro do rio rodando sozinhos! Pneu é lixo tóxico. E é um dos principais focos de mosquito da Dengue; eles contaminam o solo, a água e os lençóis freáticos. E pode levar até 100 anos para se degradarem!
Muitas pessoas têm sido limitadoras na construção de civilidade, bem estar, harmonia e paz; exceto aquelas poucas que irradiam vida como a Sempreviva! – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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