E é por isso que nós devemos continuar numa boa! Amigos: “Um relógio não marca a vida. Quando muito ele divide horas, minutos/ segundos/ décimos”. Dá para lembrar Camões (Luís Vaz, poeta nacional de Portugal): Mudam os tempos/ Mudam-se as vontades/ Muda-se o ser/ Muda-se a confiança/ Porque tudo é composto de mudança/ Tomando sempre novas qualidades… O velho e genial escritor brasileiro Machado de Assis, que aprendeu a ler compondo tipos tipográficos na imprensa antiga, perguntava: ‘Mudaram os tempos ou mudei eu’. Bem, sei que nós mudamos, mas lá no passado não tão distante, deixamos nossas efígies na face dos que já se foram… quanta gente nobre e boa e quanta saudade. Se pararmos no tempo, temos que recobrar a vida de viver, inevitavelmente temos que recobrar os valores antigos. A vida não pode parar, nem o tempo. Estamos sufocados pela modernidade globalizada e parece que não vai parar. Logo, logo, seremos substituídos por “viventes” automatizados, logo? Antecipados por outro gênio, Carlitos (Charles Chaplin) com seu filme genial “Tempos Modernos”. Claro que temos de manter a alma pura e o coração limpo para acreditar que a nossa sina nesse oceano de inovações do mundo virtual é buscar a vida que perdemos vivendo. O tempo passa, o tempo voa, a gente cresce, amadurece. A vida é curta, mas vou viver cada momento que aparecer. O tempo é cada vez menor!
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – e=mail: fmjor31@gmail.com