Muzambinho, 15 de outubro de 2024
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Tem gente que só fala e finge não escutar. Tem gente que fala e não quer escutar mesmo. Igual corrida de Fórmula 1: mão única uma só direção. Fácil, não é? Muito fácil – falar, falar, e achar que está ganhando o grande prêmio. Pensa ser o dono da verdade e acha que todos estão aceitando o que afirma. Grande tolice. Muita gente acredita. Principalmente aqueles que não sabem discernir o certo do errado; assim: nem a favor nem contra. Reservas de fé no poder da palavra. A palavra tem o privilégio de romper o silêncio, a solidão, à qual estaríamos condenados diante de nossos semelhantes. Sabemos que, pela palavra, o ser humano atinge a dignidade ou a indignidade. Falamos aqui da palavra verdadeira, aquela que flui como o orvalho para molhar a planta e lhe dar vida. Não das palavras manipuladas, partidárias, de pessoas fanáticas, amplamente divulgadas pela mídia escrita ou falada. Palavras de certas pessoas que fazem do “sim” ou do “não” um talvez. O papel aceita tudo. Ouvidos escutam tudo: o bom ou ruim, não importa. Será que a ética ainda existe? Ou neste meio político de interesse partidário inter comunicativo e de  publicidade pessoal,  a propaganda controla tudo? Ética? E por falar nela, a de rede social, para fazer amigos, que querem impor o que é bom e o que é belo, na tentativa de transformar o povo naquele gado humano de que fala Zé Ramalho. Nossa comunicação de massa não é lá essas coisas. O nível cultural do brasileiro é heterogêneo. Todos nós temos culpa no cartório dessa imensa coisa chamada (in) comunicação, que ninguém entende ninguém, nem escuta ninguém. Cada qual quer aparecer mais. Ligue a TV e veja os debates das comissões no Congresso Nacional (leia-se Impeachment, C P I’s). É de matar qualquer brasileiro íntegro, e de rememorar o Jornalista Dídimo Paiva que aditou  em um de seus geniais editoriais: “há que ser como o político e general ateniense Temístocles, que, ao se rebelar contra ordens injustas do general que comandava – mesmo sob ameaças do façanhudo, não se intimidou, e bradou em tom de desafio: Pode bater, mas escuta”. 

Fernando de Miranda Jorge

Acadêmico Correspondente da APC

Jacuí/MG E-mail: [email protected]  

 

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