“Aonde eu vou ter que enfiar os resíduos, emissões e despesas da minha empresa?”
Foi em um Workshop (leia-se Oficina de Treinamento) que ministrei na sede da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, faz pouco tempo. A pergunta malcriada veio de um CEO – Chief Executive Officer de uma renomada empresa metalúrgica. Na condição de participante, ele estivera o tempo todo muito incomodado ou enfastiado; a olhar para o teto da sala de aula, como que a buscar o “céu” de sua limitada paciência! E fico, até hoje, me perguntando: como uma empresa daquele porte pode ter em cargo-chave um imbecil daquela espécie?
É oportuno lembrar aqui uma das frases de Einstein: “Nada é mais prático que uma boa teoria”. A Ecologia Industrial confirma a sabedoria desta frase, pois tem se mostrado um poderoso ingrediente teórico – mesmo que ainda em construção – e que talvez nunca seja concluído. Isso mostra claramente a necessidade de mudança, ora em curso no mundo das empresas: a busca pela competitividade sustentável.
Em 1989, a expressão “Produção Mais Limpa” foi lançada pela UNEP – United Nations Environment Program como sendo a aplicação contínua de uma estratégia integrada de prevenção ambiental a processos, produção e serviços para o aumento da eficiência de produção e redução dos riscos para o ser humano e o ambiente.
As práticas de Produção Mais Limpa propostas pelo Workshop foram bem assimiladas pelos participantes; exceto por aquele jovem CEO que foi embora com o seu celular grudado em uma de suas orelhas. – É a capacidade de certas pessoas em desorganizar-se para poder organizar a sua torpeza!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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