Foi no começo do mês de Agosto de 1945 que o governo americano decidiu despejar uma bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima. – Quase que em seguida, outra bomba, em Nagazaki. Ambas de brutais proporções de destruição.
Em seu poema “A Rosa de Hiroshima”, Vinicius de Moraes suplica:
“Pense nas crianças, mudas telepáticas;
Pense nas mulheres, rotas, alteradas;
Pense nas feridas, como rosas cálidas!”
No poema, a bomba é comparada com uma rosa, porque quando explodida resultou na imagem de uma rosa a desabrochar.
A rosa está relacionada com a beleza. Mas, a Rosa de Hiroshima mostra todo o horror produzido.
Não há possibilidade de sobrevivência humana sem que existam pessoas para contar (e recontar) o que acontece ou aconteceu. – Passados 76 anos desse genocídio americano, é preciso lembrar tanto do holocausto do Nazismo quanto do imperialismo americano. São as lições da realidade. Somente as lições da realidade podem ensinar a transformar a mesma realidade.
Os interesses do opressor são diversificados nos dias de hoje, pois estão presentes por meio de outros artefatos de destruição e de embargos.
O Japão inteligente deu a melhor resposta à burrice americana: fez crescer sua economia e a sua independência política. – O mesmo procedimento teve o governo socialista do Vietnã.
O opressor tem sempre uma cara amigável, gentil. Portanto, é necessário prestar atenção ao ensinamento de Shakespeare em “O Rei Lear: The prince of darkness is a gentleman!” – Quer dizer: O príncipe das trevas sempre se assemelha a um cavalheiro!
O passado não é aquilo que passa; é aquilo que fica do que passou!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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