Muzambinho, 15 de outubro de 2024

Quando o passado fica

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Foi no começo do mês de Agosto de 1945 que o governo americano decidiu despejar uma bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima. – Quase que em seguida, outra bomba, em Nagazaki. Ambas de brutais proporções de destruição.

Em seu poema “A Rosa de Hiroshima”, Vinicius de Moraes suplica:

“Pense nas crianças, mudas telepáticas;

Pense nas mulheres, rotas, alteradas;

Pense nas feridas, como rosas cálidas!”

No poema, a bomba é comparada com uma rosa, porque quando explodida resultou na imagem de uma rosa a desabrochar.

A rosa está relacionada com a beleza. Mas, a Rosa de Hiroshima mostra todo o horror produzido.

Não há possibilidade de sobrevivência humana sem que existam pessoas para contar (e recontar) o que acontece ou aconteceu. – Passados 76 anos desse genocídio americano, é preciso lembrar tanto do holocausto do Nazismo quanto do imperialismo americano. São as lições da realidade. Somente as lições da realidade podem ensinar a transformar a mesma realidade.

Os interesses do opressor são diversificados nos dias de hoje, pois estão presentes por meio de outros artefatos de destruição e de embargos.

O Japão inteligente deu a melhor resposta à burrice americana: fez crescer sua economia e a sua independência política. – O mesmo procedimento teve o governo socialista do Vietnã.

O opressor tem sempre uma cara amigável, gentil. Portanto, é necessário prestar atenção ao ensinamento de Shakespeare em “O Rei Lear: The prince of darkness is a gentleman!” – Quer dizer: O príncipe das trevas sempre se assemelha a um cavalheiro!

O passado não é aquilo que passa; é aquilo que fica do que passou!

 

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.

E-mail: [email protected]          Site: https/paulobotelhoadm.com.br

 

Notícias Recentes