Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Um cerimonial bem prosaico sob as custas da Viuva (leia-se Erário Público) que ocorre em cada período de mudanças nos altos cargos e vencimentos dos integrantes do TST – Tribunal Superior do Trabalho foi celebrado semana passada em sua sede de Brasília. Estiveram presentes ao evento a fina flor das autoridades da República Federativa do Brasil. Todavia, de forma especial, o presidente da República Jair Bolsonaro e o ministro do STF – Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. – Já no início do evento, apenas um aperto de mão protocolar entre os dois. Na medida que as autoridades presentes eram nomeadas, os aplausos podiam ser intensos ou moderados. Na vez do Alexandre, o aplauso não só foi demorado como muito efusivo. – Alguém do cerimonial, de forte sensibilidade, lembrou em proporcionar um ambiente de calma e de leve sonoridade: nada melhor que Bach com a belíssima Área BWV – 208 – Schafe konnen sicher widen (Para que as ovelhas possam  pastar em paz).

A música é o meio mais adequado pelo qual as pessoas possam se expressar. – Por ter vindo primeiro na história da humanidade é o melhor meio de expressão; no caso, dos sentimentos. 

O constrangimento, após o aplauso a Moraes, ficou patente na fisionomia de Bolsonaro que, de braços cruzados, ficou imóvel como uma estátua!

Mas, para os meus olhos cansados de observador, ficou a lembrança do Sobrenatural de Almeida, aquele personagem que o dramaturgo Nelson Rodrigues invocava sempre para explicar o imponderável. – Sem cerimônia, não dá mais para brincar de viver bem, quando a arte de sorrir do brasileiro – cada vez mais escassa – virou uma prática de negação! 

 

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.

Visite o Site https//paulobotelhoadm.com.br

 

 

Notícias Recentes