Sobre a brevidade da vida

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É a velhice! Acho que estou a dobrar o Cabo da Boa Esperança! O tempo voa, e a aritmética mais básica mostra que os anos que ficaram para trás são em número maior do que aqueles do porvir. O corpo começa a dar sinais de decadência, doendo e reclamando onde antes não havia nada de errado; e aos poucos as pessoas que a gente ama começam a morrer. E eis que aquela mulher tão feia vem chegando ameaçadora com a sua foice! É difícil para um jovem entender isso. Não que alguém de vinte e poucos anos não saiba que vai morrer, mas é a perda de outras pessoas que afeta de maneira profunda os mais velhos; e não se pode saber o que aquele acúmulo de perdas fará com a gente. A vida é curta, frágil, fugaz. No fim das contas, quantas pessoas amamos de verdade no curso da vida? Apenas algumas poucas. E quando a maioria delas vai embora, muda o mapa do nosso mundo interior. O escritor mineiro Otto Lara Resende tem uma frase sobre o que é envelhecer: “Que coisa mais estranha de acontecer a um rapaz!” – E aí, acabo de me lembrar de uma canção em Latim, a Gaudeamus Igitur, composta por Brahms, muito  cantada em cerimônias de formaturas acadêmicas; e que situa-se dentro da tradição do Carpe Diem (aproveite o dia de hoje). É assim: Gaudeamus Igitur / Juvenes dum sumus / Post jucundam  juventutem / Post molestam senectutem / Nos habebit humus!  (Alegremo-nos, portanto / Enquanto somos jovens / Depois de uma juventude de prazer / Depois de uma velhice enferma / A terra nos terá!).

Apenas um recado aos jovens (e velhos) filhotes de Bolsonaro: Vocês não vão impedir que o velho Lula coloque este país de pé. De pé para poder ser abraçado por todos os brasileiros!

 

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.

Visite o Site https//paulobotelhoadm.com.br

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