Sobre Equilíbrio Ininterrupto

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Ele criou os seus personagens molhando a pena no tinteiro, embora já existisse o velho e prático lápis. Quanto trabalho! Se tivesse escrito em Inglês, ele estaria no mesmo nível de reconhecimento de James Joyce, Ernest Hemingway ou William Faulkner. A meu ver, ele é o nosso melhor escritor: Machado de Assis. Em alguns de seus romances e contos, Machado considera ser normal o desequilíbrio das faculdades mentais; e que doentes são aquelas pessoas que têm um equilíbrio ininterrupto. Nada mais verdadeiro. Conheci várias: tanto homens como mulheres! Algumas pessoas têm a maldade na cara; ao contrário de um cavalo bem tratado que logo mostra o seu afeto. Descobri, faz tempo, o que pessoas frias me fazem lembrar; quase todas de caráter patológico, além de outras tantas que eu poderia resumir com um palavrão!

Estamos a vivenciar e a sofrer, por aqui nesta botocúndia, de uma perigosa versão de psicopatia. As investigações em curso, a respeito dos criminosos atentados de Brasília, já detectaram que os líderes das depredações são militares das forças armadas, professores de universidades, além de funcionários públicos cujos salários chegam a mais de 30 mil reais por mês! Por quê isso? Porque preferem conviver com o seu baixo índice de quociente de inteligência e com o seu baixíssimo conceito de cidadania, mesmo enrolados na bandeira nacional! Acho que Machado de Assis encontraria as palavras mais adequadas para aprofundar esse brutal equilíbrio ininterrupto. É isso.

 

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.

Visite o Site https//paulobotelhoadm.com.br

Notícias Recentes