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Neste 19 de Dezembro, quero lembrar, com os meus caros leitores, a data da partida de minha filha Isabel: 19/12/2019, após intenso sofrimento causado por um Câncer. Ela tinha apenas 41 anos de idade. E foi uma competente professora. Não posso deixar de lembrar aqui de uma mensagem de Lucas, um leitor desses meus artigos e crônicas. Ele escreveu: “Como a minha, a sua tristeza nunca vai passar. Mas, por favor, continue escrevendo. Precisamos de seus esforços para retransmitir as luzes que sua filha lhe inspira!”

Julio Cortázar, escritor argentino, procurava escrever sobre coisas iluminadas, não obstante o tamanho da escuridão causada pela ditadura militar que desabara sobre o seu país. Ele conta, em um de seus textos, que, em certa noite, ao caminhar pelas ruas do bairro de Palermo, em Buenos Aires, viu uma moça sentada no chão a tocar violão e a cantar; certamente para poder fazer algum dinheiro. Um grupo de rapazes a escutava em silêncio. A certa altura, um deles se aproxima de Cortázar, que também ouvia a moça. O rapaz tem um bolo na mão e diz: “Julio, pegue um pedaço para você!” O escritor, então, pega um pedaço e come. Ao agradecer, diz: “Muito obrigado por me dar um pedaço de bolo!” – E o rapaz responde: “Mas, escuta, estou lhe dando tão pouco em comparação com o que você já me deu!” Cortázar, emocionado, diz: “Não diga isso!” – Abraça o rapaz e segue sua caminhada constatando que foi a melhor recompensa que já recebera pelo seu trabalho de escritor. 

Muito obrigado, meu caro Lucas. Sempre vou me lembrar de você! – É isso.

 

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.

Visite o Site https//paulobotelhoadm.com.br

 

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