Estudos aprofundados mostram que parte da violência nas esferas pública e privada decorre, de forma direta, pela incapacidade de se transformar emoções em palavras. Sem palavras para construir um argumento o pensamento torna-se inviável. Quanto mais pobre é a linguagem, menos o pensamento se sobressai. Schopenhauer, filósofo alemão, chegou a essa conclusão ao argumentar em sua melhor obra “Alle Ankunfte” (Todas as Chegadas) essa questão tão atual. Diante de um mundo de dores e de sofrimentos, Schopenhauer propõe uma ética vivencial (prática) baseada na compaixão. Apesar do egoísmo que faz parte da existência humana, a caridade e a compaixão constituem o contraponto do egoísmo. Regimes autoritários sempre atrapalham o pensamento reduzindo o número e o significado das palavras. A busca pela verdade factual tem sido cada vez mais necessária para este país em que as pessoas ficam à espera do que pode acontecer. Nada lêem de importante; nem bula de remédio! – Não há possibilidade de sobrevivência humana sem que existam pessoas para contar o que acontece; ou pode acontecer. – São as turbulências das chegadas!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é professor e Escritor.
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