PARABÉNS 211 ANOS! Outro 19 de julho virá! Há! Se Jacuí falasse certamente diria, sem inventar, o popular OBRIGADO. Mas, e a CIDADE? A cidade agradece, pois vai muito bem. Quanta gente boa… quanta saudade. Se pararmos no tempo, temos que recobrar a vida boa de viver nesta cidade, inevitavelmente temos que retomar os valores antigos, dos que por aqui passaram e os que estão por aqui. Sei que nós mudamos, a cidade de Jacuí, mudou, mas, lá no passado deixaram suas efígies (como Políticos, Prefeitos, Advogados, Juízes, Médicos, Agricultores, Professores, Jornalistas, Comerciantes, Gestores, Delegados, Promotores, Empreendedores, Sonhadores e outras personagens históricas importantes). Estamos sufocados pela realidade globalizada e parece que não ficará pedra sobre pedra, pensando nos antigos. Sem demora, seremos substituídos por animados viventes automatizados. O que fazer? Manter a alma e o coração limpo e acreditar que a nossa sina nesse oceano de inovações do mundo virtual é buscar a vida que perdemos, vivendo. De que vale bilhões de mensagens que chegam pelas redes sociais? Cadê a “sabedoria” que enchia o coração e a mente das nossas educadoras jacuienses e que perdemos no conhecimento “moderno demais”? É tanta informação,que chega como novidade para instituir justiça e que só sabe acumular injustiça, morte, exploração e corrupção? Quem não se assusta com o ritmo dos dias e tem a sensação de que o tempo passou rápido demais?Fico com a música “Sangue Latino”, composição de João Ricardo e Paulo Mendonça, imortalizada na voz de Ney Matogrosso, que aborda a condição latino-americana, os desafios e a resistência do povo latino, misturando a dor da exploração com a força da esperança e da não-entrega: ‘Juro mentiras e invento um caminho/ Assumo os pecados/ Aceito a sorte e o meu destino/ O que me resta é permanecer vivo’.
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com