Lide Brazil Conference de Lisboa evidencia relevância do Sebrae e dos pequenos negócios

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Atuação da instituição em prol do segmento e o seu potencial no mercado entre o Mercosul e a União Européia deram o tom do debate, na capital portuguesa

Diante de uma plateia formada por autoridades e grandes representantes do PIB do Brasil e de Portugal, o Sebrae recebeu destaque no primeiro dia do Lide Brazil Conference, que acontece na sexta-feira (3) e no sábado (4), em Lisboa. Em seu discurso de abertura, o anfitrião, João Dória Neto, presidente do Lide, agradeceu a presença do presidente do Sebrae, Calos Meles, ressaltando sua liderança à frente da instituição, que tornou o segmento das micro e pequenas empresas ainda mais pujante e fundamental para o país.

O elogio foi feito em nome de todo o corpo técnico do Sebrae. “É uma honra ter o Sebrae aqui. Isso mostra que a sociedade percebe a importância e valoriza as pequenas e médias empresas”, completou Doria. Em resposta, o presidente Melles contextualizou a fala do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, citando que na capital paranaense pode-se abrir uma empresa em apenas seis horas. “Essa realidade demonstra uma visão moderna de gestão pública. Decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) mostram claramente a importância das micro e pequenas”, disse o presidente do Sebrae.

O primeiro dia do fórum foi dedicado a temas voltados a valores institucionais, democracia e cooperação internacional. Destaque para a fala inaugural do ex-presidente Michel Temer, que defendeu uma reforma política para o Brasil: “Devemos sair daqui com a ideia de aprimorar o nosso sistema de governo para caminhar na direção dos semipresidencialismos”. Já o presidente do TCU, Bruno Dantas, listou os avanços do órgão na busca por maior assertividade de auditoria de contas públicas. “Temos que buscar fazer mais, gastando menos e melhor”. Por sua vez, Humberto Martins, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), defendeu que só é possível alcançar o desenvolvimento econômico, se houver justiça social.

O ministro Ricardo Lewandowski reforçou o papel do Estado e dos organismos internacionais para o fortalecimento da democracia. Seu colega de STF, o ministro Gilmar Mendes, fez uma enfática defesa da democracia e concluiu: “desejo que as relações entre o Brasil e a União Europeia prosperem”. Alexandre de Morares, também do Supremo, incentivou uma discussão internacional na busca de novas regras que fortaleçam a democracia.

*Acordo comercial*
O acordo entre Mercosul e União Europeia e o papel das micro e pequenas empresas na economia dominaram as rodas de conversas do primeiro dia do Lide Brazil Conference. Para o ex-governador de São Paulo, João Doria, a proposta do governo deve criar vantagens para as MPE, dentro das negociações com o Mercosul e a Europa.

Eduardo Eugênio Gouvea Vieira, presidente da Federação das Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mencionou que o primeiro passo nesta discussão deve ser a isonomia. “Só podemos ter justiça econômica e empresarial na medida em que tenhamos os mesmos custos dos nosso competidores globais. Na questão da burocracia atrelada à parte tributária”. Este foi um dos temas abordados na fala do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, ao defender uma reforma tributária que elimine as injustiças e reduza a burocracia e o custo Brasil.

Para Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco, as regras tributárias e o acesso ao crédito com planos de médio e longo prazo são fundamentais para o crescimento equilibrado do segmento. Na mesma linha, Bruno Dantas acredita que criar mecanismos de preferência a micro e pequenas empresas é uma medida inteligente: “Há quem diga que o acordo Mercosul X União Europeia já estaria fechado. Mas é natural que um governo novo deseje imprimir a sua marca. E, ao que tudo indica, o presidente Lula deseja fortalecer as micro e pequenas empresas, nas relações comerciais internacionais”.

Segundo Michel Temer, o texto constitucional define que as micro e pequenas empresas devem ter preferência comercial. “Isso é cumprir a Constituição. O exemplo chinês é interessante. Lá, a maior parte da produção vem das micro e pequenas. No Brasil temos a tendência a prestigiar as grandes empresas, o que tem sua importância: mas devemos olhar com cuidado para aquelas que geram mais empregos, justamente as micro e pequenas”.

(Ascom)

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