“Esse problema do uso das drogas deve continuar no campo da Ação Social e da Saúde”, afirmou o deputado durante a reunião da Comissão de Prevenção e Combate ao uso de Crack e Outras Drogas.
O deputado estadual Luiz Antônio da Silva (PT/MG), o Luizinho, participou da reunião da Comissão de Prevenção e Combate ao uso de Crack e Outras Drogas, no Plenário da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), na tarde da terça-feira, 14. Durante o encontro, o parlamentar reiterou seu compromisso em trazer um olhar humanitário para as ações de combate às drogas e discursou contra a ação do governo Zema, de transferir a Subsecretaria de Políticas Sobre Drogas da Sedese (Secretaria de Estado de de Desenvolvimento Social) para a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública)
Para Luizinho o combate às drogas é um problema social e deve ser visto como um caso de saúde pública. “Estou mais que convencido de que esse problema do uso das drogas deve continuar no campo da Ação Social e da Saúde. O tratamento aos usuários deve ser feito sempre no âmbito dessas pastas. Sei que o governo está mandando uma reforma administrativa e nós vamos debater muito como tratar essa questão da droga. Esperamos que essa comissão aqui possa fazer e aprofundar esse debate”, declarou.
De acordo com o parlamentar, a ação do governador Romeu Zema (Novo/MG) é “estranha”. Afinal, já foi comprovado que a prevenção e combate às drogas é um assunto de Saúde Pública. “O viciado precisa de tratamento, o traficante precisa da polícia. Então, a não ser que eu seja convencido do contrário, eu já tenho convicção de que essa mudança que o governo trouxe à Assembleia, tirando o combate às drogas da Secretaria de Desenvolvimento Social e levando para a Secretaria de Segurança, não está de acordo e não vai ao encontro do que a gente tem discutido sobre essa questão”, afirmou.
Ainda de acordo com Luizinho, é importante que sejam realizados projetos e ações que visem contribuir para reinserção de ex-usuários de drogas na sociedade. Dessa maneira, o deputado defendeu a criação de um projeto onde o paciente em tratamento em clínicas terapêuticas seja contratado pelo Estado e, assim, receba uma quantia por mês para pagar pelo tratamento. “Quando o paciente for para a clínica, com o apoio do Poder Público, poderíamos registrar essa pessoa, que trabalhará no estabelecimento durante o tratamento. Com o salário, o paciente conseguiria custear a clínica e estaria assegurado pela Previdência Social. Quando ele saísse da clínica, poderia ser rescindido o contrato e ele teria o seguro-desemprego para se reinserir na sociedade”.
Além do deputado, outros parlamentares da Comissão também defenderam a permanência da subsecretaria na Sedese. Nesse sentido, o grupo aprovou um requerimento para a realização de audiência pública com o governo Zema para discutir a questão.
(ASCOM)