Um olhar triste, crítico e humano para o que acontece dentro das favelas. Eu simplesmente não conheço favela na sua integridade, a não ser via mídia e comentários em jornais e revistas. Mas dá para perceber diferentes ângulos de visão especiais na sua funcionalidade. Comunidade mantém bolsões de extrema pobreza, (para dentro). Vivem em barracos de madeira e sem banheiro. E pior, num amontoado de seres humanos. Como deve ser triste. Apesar de acharmos que vivendo próximos de belas paisagens e edificações, as coisas mudam. Qual nada! É triste mesmo. Mas as favelas crescem cada vez mais, como já dizia a música Pop Rock dos Titãs: “miséria é miséria em qualquer canto. Riquezas são diferentes: índio, mulato, preto, branco. Miséria é miséria todos sabem usar os dentes”. (Os de fora), aqueles moradores que saem e só voltam após praticarem todo tipo de agressão à sociedade, deitam e rolam nos bairros dos centros urbanos. Sabe-se que em determinadas comunidades, há cerca de mais de 10% dos moradores, em invasão, sem luz própria, usam as dos outros, água ou esgoto. Condições urbanas que, segundo Marcelo Ribeiro, do Observatório das Metrópoles do IPPUR – Instituto de Planejamento Urbano/UFRJ – em geral, reforçam a situação de miséria. É um ciclo vicioso. As más condições urbanas contribuem para a situação de miséria, e a miséria empurra as pessoas para lugares onde as condições urbanas são piores. E daí para frente, todo mundo já sabe. E sabemos ainda como é bom e agradável viver em cidade como Jacuí.
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: [email protected]