No Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira (8), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou a necessidade da participação de mais mulheres nas esferas de decisões do país e o aumento da colaboração feminina na política brasileira, visto por Pacheco como um “pressuposto para a pacificação da sociedade”.
O presidente do Senado presidiu a 21ª edição da entrega do “Diploma Bertha Lutz”, no plenário do Senado, cuja premiação reconhece o empenho de mulheres pela contribuição à defesa dos direitos femininos e das questões de gênero no Brasil.
Rodrigo Pacheco frisou que os desafios da sociedade brasileira ainda são muitos em relação à igualdade de gênero. “Sendo a participação feminina um pressuposto para a pacificação da sociedade, é necessário termos mais mulheres influenciando o processo de tomada de decisões. É necessário assegurar o feminismo no debate político”, afirmou.
Pacheco afirmou ainda que as quinze senadoras da atual Legislatura, e atuais integrantes da Bancada Feminina, criada em 2021, durante sua primeira gestão na Presidência do Senado, refletem os anseios da sociedade, mas frisou ser preciso ampliar essa participação. “A paridade de gênero na representação política garante, afinal, para além da diversidade almejada pelo próprio constituinte, a garantia de uma agenda de debates mais ampla e realizadora da democracia”, declarou.
Igualdade de gênero
O senador ressaltou que a igualdade de gênero é necessária para a construção de uma sociedade mais justa. “Apesar de muitos avanços, não podemos nos esquecer dos grandes obstáculos que persistem ao atingimento da igualdade de gênero em nossa sociedade, como a diminuição da ainda sub-representação feminina na política, a redução de desigualdades no mercado de trabalho e o combate à violência contra a mulher”, disse.
Bertha Lutz
Na 21º edição do Bertha Lutz, foram condecoradas a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, a socióloga e primeira-dama brasileira Rosângela Silva, a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, além da jornalista e uma das coordenadoras da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Nilza Valéria Zacarias, e a cientista política e especialista em segurança pública e política de drogas, Ilona Szabó de Carvalho. A indígena Clara Felipa Camarão e a jornalista Glória Maria foram homenageadas com o diploma ‘in memoriam’.
O diploma leva o nome da pesquisadora paulista, líder feminista na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras Bertha Lutz. Ela foi uma das poucas mulheres a participar da elaboração da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU), criada em 1945, por representantes de 50 países, com o objetivo de selar um pacto de paz global e estabelecer uma organização para promover a cooperação internacional, após um período de duas guerras mundiais.
Em um evento dominado por homens, a brasileira liderou a luta para que os direitos das mulheres fossem contemplados no documento. Bertha Lutz conseguiu incluir, no preâmbulo e no artigo 8 da Carta, referência específica à igualdade de direitos dos homens e das mulheres. Foi também graças a sua luta que se garantiu a igualdade na participação de homens e mulheres nos diversos órgãos da Organização das Nações Unidas (ONU).
(ASCOM)