Mineiro de quatro costados, ele foi Prefeito de Belo Horizonte, Presidente do Estado de Minas Gerais (nome antigo de Governador) e Ministro da Fazenda, além de parente próximo de José Bonifácio de Andrada e Silva – Patriarca da Independência do Brasil. Segundo o meu bisavô Joaquim de Luna Miranda Couto, magistrado e poeta; em 1918, ele deixou o Ministério da Fazenda por divergências com os burocratas e corruptos que já assombravam o Brasil. De cabeça erguida, procura a Sul América, onde era segurado, para fazer um empréstimo de Sete Contos de Réis. Seu nome e sobrenome: Antonio Carlos de Andrada Ribeiro.
O Diretor da Sul América, Moreira Magalhães, sabendo do pedido, ficou admirado e a perguntar: “Como é que um homem que, durante a Segunda Guerra Mundial, teve autoridade de sacar em branco contra todos os bancos do país, deixa um cargo tão cobiçado e, sem recursos, precisa de 7 Contos de Réis de empréstimo?”
Antonio Carlos, então, foi convidado a fazer uma visita à sede da Sul América. E o Magalhães, ao recebê-lo, disse: “Quero abraçar o homem que deixa o Ministério da Fazenda e vem nos pedir 7 Contos de Réis emprestados!”
Alguns meses depois, Antonio Carlos passou a fazer parte da Diretoria da Sul América.
Não sei ao certo qual a relação que Antonio Carlos teve com Poços de Caldas. Entretanto, na Praça Pedro Sanches está lá erigida uma estátua de bronze de Antonio Carlos. – Sempre que posso ir a Poços, passo por lá; e não é raro ver uma rosa vermelha – fresca ou velha – depositada na base da estátua por algum anônimo.
– São as lições de uma realidade a nos ensinar a transformar a realidade brasileira; a dura e infeliz realidade da CPI da Pandemia ou da Pândega!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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