Muzambinho, 18 de setembro de 2024
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Os antigos sonhos foram bons sonhos. Eles estão se realizando. Foi bom tê-los. “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”, disse em versos o poeta Fernando Pessoa, e repetiu em música, o profeta de toda uma geração, Raul Seixas. Voltemos, pois aos nossos tempos, à nossa Jacuí de hoje: se estes sonhos estão se realizando é porque muitos sonharam e sonharam juntos. Sonhar é uma coisa interminável, nunca termina… Com os sonhos as coisas mudam, e como mudou esta cidade! Para melhor, com mãos de nossa gente que pensa que ajuda a pensar de ontem e de hoje: professores, doutores, gente humilde e simples, mas que idealizam projetos e eles são colocados em prática. Muitos que sonharam sonhos bons, já não estão mais aqui, mas, é pensando neles que temos a exata noção do que vale a lembrança de gente que faz saudosa gente de mãos limpas e de boas intenções passado e presente. Neste contexto histórico, sob vários aspectos, vem à lembrança o Jornalista Dídimo Paiva: “estamos sufocados pela modernidade globalizada e parece que não ficará pedra sobre pedra”. Mas que, pra nós aqui de Jacuí foi bom sonhar venturosos sonhos, não foi? E eis que a professora Izabel Maria Salgado Batista faz presença com memórias: “Nasci como nasceram tantos arraiais: tenro, miúdo, tímido, mas com vontade de viver. De minhas entranhas levaram ouro e outros minerais. Em meu solo abriram sulcos, plantaram casas, esperanças e fartura. Em meus mananciais, peixes, garimpeiros e crianças encontravam refrigério. Meu clima favorecia a saúde dos aventureiros, que acabavam pôr me adotar como sua pátria. E eu os adotava reciprocamente. Era mais uma promessa no Sertão das Gerais. Imprimiram marcas de uma personalidade forte, resistente e única. Sofri cortes em meu corpo territorial, mas resisti heroicamente. No sobe e desce de minhas ladeiras há o registro das digitais de uma gente criativa, humilde, devota, hospitaleira. Vestiram-me de luzes, com a força das minhas águas do Rio São Pedro na Usina em que “senhor João Salgado” fazia a noite virar dia.

Fernando de Miranda Jorge

Acadêmico Correspondente da APC

Jacuí/MG – e-mail: [email protected]        

 

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